Imbecil! Se apaixonou novamente!

domingo, 25 de março de 2012

O Querer

Eu acho que o querer motiva, o querer envenena, o querer engaja quando na medida certa, intercepta quando em demasia, quando ultrapassa mesmo o querer permitido... não que exista um limite para querer, pelo contrário, o ser humano é querer puro, infinito. Mas porque é potencial, infinito também, eu acredito. Essa vontade doida chegar, de ser, de ter. Eu não sou nada, comparado ao meu querer. Eu sou o alterego inverso de mim mesmo. Se pensar em tudo que agente quer, que agente pode, que agente pensa que pode, não tem vida, não tem espaço, físico até, que comporte o mais intrínseco querer. É sufocante conviver com esses tantos eus, com essas tantas possibilidades, com esses milhões de possibilidades. E esses gigantes viventes das possibilidades paralelas estão aqui mesmo, eu vejo. São todas essas outras pessoas que me cercam, eu, você, ele, ela, respirando, vivendo, a uma decisão de distância. Essa vida ai é minha. Aquela é minha, eu me vejo nela, eu posso ela. Pelo menos poderia... Poderia ter... Sido. Porque eu... Queria. Mas queria já é uma outra história. O queria é fracasso, o queria é assumir a limitação do seu querer. É te assumir humano, é te assumir físico, diferente do querer, que rompe que rasga essa capa do físico e nos torna mais que humano, ultra humano, super humano. Deus... Nem vou entrar nessa questão agora. 
Eu penso que o amor é um querer repaginado. Ele tem toda intensidade do querer, mas vem pintado a óleo, sabe? Ele tem a mesma fúria. Porque o querer uma pessoa, um outro ser é assim mesmo, furioso, é quase absurdo. Se você pensar, que talvez não faça parte desse querer da outra pessoa, é louco. Porque amar é louco. Uma coisa que pode ser ao mesmo tempo delicado e destrutivo é no mínimo louco, mesmo. Mas a razão é o embate preferido desse querer, não só o querer romântico. Do querer, eu digo.



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